Qual a idade em que somos mais infelizes, segundo a ciência

A pesquisa que mostra a 'curva de felicidade' foi realizada em 134 países

27/01/2020

Qual idade na qual somos mais infelizes, segundo a ciência.

A pesquisa que mostra a curva da felicidade que foi realizada em 134 países.

Afinal, o que é felicidade? Poetas definem que este sentimento instantâneo dá lugar a tristeza facilmente. Há quem diga que há um longo ao atingi-la a e outros não acreditam em sua existência enquanto eterna.

O professor David Blanchflower, da Universidade Dartmouth College, nos Estados Unidos, realizou uma pesquisa em 134 países. O resultado foi surpreendente.

O Escritório Nacional de Pesquisa Econômica, EUA, relatou a felicidade como uma curva em formato de “U. O ser humano é menos infeliz na adolescência, época na qual nos preocupamos com provas, as primeiras decepções amorosas e com novas amizades. Ademais, A infelicidade nos ronda até o final dos 40 anos, quando a de bate à porta e as perguntas martelam a mente: o lado profissional, ter ou não família e filhos, empreender, mudar de país etc.

A terceira idade não tarda a chegar. Com ela, o bem-estar se enraíza e nos sentimos plenos, segundo David. A raiz desta sensação está nos genes e na realidade pela qual vivemos ao longo de nossa existência.

A partir dos 47 anos, somos mais realistas, os pés flutuam menos, a cabeça está mais centrada. Próximo aos 50, a gratidão nos faz perceber a importância do sentimento pelo qual ser não é ter, e que somos muito além do que temos. E seremos até o findar de nossos dias.

Próximos aos 70 anos, somos aptos a trabalhar e exercer atividades com prazer como aos 30. Por que não? Não chame seu colega da melhor idade de “velho”, ele é tão competente quanto você. Aliás, sua experiência é uma joia exposta na vitrine e que deve ser apreciada como um tesouro.

Um fato interessante nesta pesquisa é que em países em desenvolvimento a infelicidade está presente aos 48,2 anos de idade. E, por óbvio, pessoas com a mente confiante e esperançosa tendem a ser longevas e acurva da felicidade, neste caso, é definida pelo “U”.

Quando nos encontramos na metade da vida, estamos vulneráveis – problemas de cunho financeiro, relacionamentos que não foram saudáveis, situações emocionais marcantes. Entretanto, na velhice, com a quebra de algumas expectativas (haja vista perpassamos obstáculos penosos e conquistamos sonhos, construímos nosso alicerce mental e espiritual além da vulnerabilidade já vencida), nossas relações interpessoais se alteram, assim como nosso cérebro.

Valorizamos, então, conexões familiares, amizades, de cunho pessoal. O que importa, segundo o estudo do professor norte-americano, é o ser enquanto ser imerso na sociedade e sua comunicação ela.

Uma teoria defendida é que já não possuímos as mesmas expectativas precedentes. Podemos ser felizes simplesmente pelo que a felicidade oferta e por sua simplicidade. Sim, ela é muito mais simples do que parece – pode ser andar descalço pela casa, um abraço apertado de um familiar que há tempo não víamos ou uma música que recorda um amor perdido.

Depois dos 50 anos, 'você fica mais grato pelo que tem', diz o economista responsável pelo estudo

 

Na metade da vida, existe uma 'quebra de expectativas'

Ser ou estar feliz não é um fenômeno, tampouco uma estrada tortuosa. Ela é você de bem consigo mesmo.

 

Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Baseado em BBC News Brasil  

Paula Hammel

 

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