RS é o primeiro Estado a ter mais mulheres com idades entre 60 e 64 anos do que meninas de zero a quatro

Os novos 60+ viram e viveram tantas mudanças comportamentais na adolescência, que seria impossível não continuarem a ser os revolucionários que são hoje.

25/10/2018

26/07/2018 - 16h29min

Por Martin Henkel, publicitário

Hoje uma data que ainda procura sua importância no calendário do varejo, o Dia dos Avós é comemorado em 26 de julho por ser o dia em que se comemora o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo. Sim, ele tinha avós. No Rio Grande do Sul já temos 1,9 milhões de pessoas com 60 anos e mais, 18% da população do Estado.

Neste semestre, o Rio Grande do Sul inicia a mudança definitiva do perfil demográfico brasileiro, sendo o primeiro Estado a ter mais mulheres com idades entre 60 e 64 anos do que meninas de zero a quatro. Ano que vem será a vez do Rio de Janeiro. No Brasil, essa transição se completa em 2030. Com uma importância ainda invisível na economia, hoje 22% dos lares brasileiros têm como principal ou única renda um 60+.

 

Quando pensamos em população residente com mais de 60 anos, o primeiro bairro que vem à cabeça é Copacabana, no Rio de Janeiro, que tem 29,8% de residentes nesta faixa, certo? Pois o bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, tem o maior percentual de população residente 60+ do país, com 34,2%. Desta forma, você começa a entender o motivo de tantos grisalhos e grisalhas frequentarem os cafés e restaurantes do bairro. Eles estão em casa.

Em setembro, Gramado recebeu a Geronto Fair, primeira feira nacional com foco profissional para produtos e serviços voltados à terceira idade e o 1º Seminário de Marketing 60+ para um mercado que movimentará R$ 155 bilhões neste ano somente em gastos particulares em saúde e prevenção.

Os novos 60+ são bem diferentes dos de uma década atrás. Viram e viveram tantas mudanças comportamentais na adolescência, que seria impossível não continuarem a ser os revolucionários que são hoje. Lá pelos anos 1955, ouviram no rádio e viram no cinema um rapaz que tocava guitarra e dançava como se possuído pelo demônio estivesse. Beirava a indecência para os padrões da época. Era "só" Elvis Presley. Antes dele, Chuck Berry, que fez uma boa transição entre os estilos. Então, o que posso sugerir é que junto com um abraço ou um presente no dia 26, você agradeça aos seus avós pelo rock'and'roll que você tem hoje.

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