Assunto deveria ser discutido com os mais jovens, porque planejamento tem que começar cedo
Vejam se não é paradoxal: embora todos sonhem com uma aposentadoria na qual seja possível colher os frutos de toda uma vida de trabalho, a maioria prefere não dedicar muita atenção ao assunto até a meia-idade, ou mais... Mas como conseguir realizar os planos de viajar, ou ter disponibilidade para se dedicar a ajudar os outros, se não houve planejamento prévio para garantir um lastro nessa fase? Pode ser que a resposta esteja relacionada ao medo de envelhecer, à constatação da aproximação do fim, ao receio de enfrentar um período de fragilidade. Se for isso, mais um motivo para estar preparado como uma boa formiguinha, e não como uma cigarra. Portanto, o melhor é começar a pensar e a falar sobre isso o quanto antes, colocando a família toda na roda de conversa. Filhos adolescentes ou em início de carreira, netos, todos se beneficiarão com uma discussão aberta sobre como economizar para o futuro. Afinal, não gastamos um bom tempo na hora de escolher um roteiro de férias? Por que não fazer o mesmo quando se trata da aposentadoria?
Lynda Gratton, professora da London Business School e coautora do livro “The 100-year life: living and working in an age of longevity” (Foto: YouTube)
Lynda Gratton, professora da London Business School e coautora do livro “The 100-year life: living and working in an age of longevity” (em tradução livre, “A vida de 100 anos: vivendo e trabalhando na era da longevidade”), costuma dizer que metade das pessoas na faixa dos 60 – possíveis leitores desse blog – viverão até os 100 anos. Acompanharão não apenas o crescimento dos netos, mas também dos bisnetos. Portanto, são pelo menos mais 30 anos pela frente, mas temos que nos empenhar para que signifiquem oportunidades e experiências, e não angústias e privações. Para começar, é importante levar em conta que só está realmente aposentado quem para de trabalhar por completo, o que é cada vez mais raro hoje em dia. Bom papo para o almoço de domingo, porque os jovens têm que saber que provavelmente terão uma nova carreira depois dos 50 ou 60 (há consultores que a chamam de pós-carreira, mas prefiro que tenha o frescor de uma novidade). Talvez um hobby do passado que possa se transformar em profissão; ou um desdobramento da sua antiga atividade. É o tipo de reflexão que os ajudará na escolha profissional. Lynda afirma que não se pode mais apostar num saber generalista: “não temos como competir com Wikipedia e Google, é preciso dominar alguma área para ganhar relevância. Por isso, é importante focar em algo que amemos fazer, para nos especializarmos”.
Por Mariza Tavares - G1
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