Aposentados de 92 e 96 anos não abriram mão de votar

Almira Costa de Oliveira, de 92 anos, e Sebastião Manuel de Oliveira, de 96 anos, fazem questão de exercer suas cidadanias em todos os anos eleitorais

07/10/2018

Por Helliny França *, G1 RN

07/10/2018 12h59  Atualizado há 4 horas

 

Seu Sebastião, de 96 anos, e Dona Almira, de 92, a caminho da votação — Foto: Marilia ZacariasSeu Sebastião, de 96 anos, e Dona Almira, de 92, a caminho da votação — Foto: Marilia Zacarias

Seu Sebastião, de 96 anos, e Dona Almira, de 92, a caminho da votação — Foto: Marilia Zacarias

 

O casal de paraibanos que reside em Natal, Almira Costa de Oliveira, de 92 anos, e Sebastião Manuel de Oliveira, de 96 anos, faz questão de exercer sua cidadania em todos os anos eleitorais. Neste domingo (7), saíram cedo. Às 8h eles já estavam a caminho das Escola Estadual Maria Montezuma, no bairro onde moram, nas Quintas, na Zona Oeste da capital.

Sebastião foi o primeiro namorado de Almira, os dois são casados há 72 anos. O casal morava em Campina Grande se mudou para Natal em 1960, para dar mais chances de estudos aos filhos. “Lá era muito difícil, queria que meus filhos estudassem. Eu tenho paixão pelo estudo”, conta dona Almira.

Hoje eles têm 5 filhos, 15 netos e 14 bisnetos e não deixam de votar em nenhuma eleição. “Nunca se deve deixar de votar, nem votar em branco, temos que escolher um candidato sempre”, diz Almira. No Brasil, o voto é obrigatório até os 70 anos de idade.

A paraibana vota desde os 16 anos e conta que, naquela época, era difícil exercer sua cidadania. Segundo a aposentada, onde morava predominava o voto de cabresto. “Mudou muito, lá época que eu comecei a votar, a gente era quase obrigado a votar em determinados candidatos. Hoje eu voto livre e desimpedida ”, desabafa.

Dona Almira sai pouco de casa, mas para votar ela faz questão de enfrentar as dificuldades de locomoção. “Acho lindo demais votar. Enquanto Deus quiser e enquanto eu tiver com inteligência eu vou votar, não deixo de jeito nenhum. Eu tenho meus documentos todos direitinho. E nunca vendi meu voto”, conta orgulhosa.

Sobre os resultados das eleições dona Almira torce para que independente do resultado os eleitos sejam bons para o Brasil. “Deus queira que os eleitos façam um bom governo para o país”.

Seu Sebastião e a companheira votaram em uma escola do bairro das Quintas, na Zona Oeste de Natal — Foto: Mônica CostaSeu Sebastião e a companheira votaram em uma escola do bairro das Quintas, na Zona Oeste de Natal — Foto: Mônica Costa

Seu Sebastião e a companheira votaram em uma escola do bairro das Quintas, na Zona Oeste de Natal — Foto: Mônica Costa

 

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